Sem perceber, Haddad elogia Bolsonaro e diz que havia “determinação política” no governo anterior para não taxar ‘comprinhas da Shein’ ( veja o vídeo )


Em uma declaração bombástica, o Ministro da Economia, Fernando Haddad, expôs uma suposta "determinação política" no governo Bolsonaro para não taxar as compras realizadas na plataforma de comércio eletrônico Shein. Essa revelação traz à tona uma série de questionamentos sobre a política tributária adotada durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.


Segundo Haddad, durante uma entrevista nesta quarta-feira (22), houve uma omissão significativa por parte do governo em relação à taxação das remessas internacionais, especialmente aquelas provenientes das compras realizadas na Shein, uma das maiores plataformas de moda online do mundo.


"Um único remetente mandou 17 milhões de remessas. Ninguém fez nada. O que aconteceu quando a gente se deparou com o problema? Fizemos o Remessa Conforme", afirmou o Ministro da Fazenda, destacando a magnitude do problema e a inação do governo em lidar com ele.


O Remessa Conforme, uma medida implementada pelo atual governo, tem como objetivo regulamentar e fiscalizar as remessas internacionais de forma mais eficiente, visando combater a sonegação fiscal e garantir uma tributação justa.


No entanto, a revelação de Haddad levanta questões sobre as motivações por trás da ausência de taxação das compras realizadas na Shein durante o governo Bolsonaro. A suspeita de uma possível "determinação política" para não tributar essas transações traz à tona debates sobre interesses econômicos, lobby de empresas e prioridades políticas.


A Shein, conhecida por oferecer produtos de moda a preços acessíveis e por sua rápida expansão global, tem sido alvo de críticas em diversos países devido às suas práticas trabalhistas e ambientais, bem como questões relacionadas à tributação.


A falta de taxação das compras na Shein levanta preocupações sobre a concorrência desleal com empresas nacionais, que muitas vezes são sobrecarregadas com altos impostos e encargos, enquanto empresas estrangeiras podem operar com vantagens fiscais significativas.


Diante dessas revelações, espera-se que o governo atual tome medidas para investigar as alegações feitas por Haddad e avaliar se houve de fato uma "determinação política" para não taxar as compras da Shein durante o mandato anterior. Essa investigação poderá esclarecer questões importantes relacionadas à transparência e integridade na condução da política econômica do país.


Enquanto isso, a polêmica em torno da tributação das compras na Shein continua a gerar debates acalorados entre políticos, economistas e representantes do setor empresarial, destacando a necessidade de uma abordagem equilibrada e transparente em relação à política tributária nacional.

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