URGENTE: Jovem investigada na "Farra do INSS" é encontrada morta

 

URGENTE: Jovem investigada na “Farra do INSS” é encontrada morta em Minas Gerais

A morte de Íris Ferreira Rodrigues, de apenas 25 anos, chocou moradores de Águas Formosas, no interior de Minas Gerais, e acendeu um alerta nas autoridades envolvidas na investigação da chamada “Farra do INSS”, um dos maiores escândalos recentes ligados a fraudes previdenciárias no país. Íris foi encontrada sem vida dentro de sua própria residência, em circunstâncias que, embora inicialmente tratadas como possível suicídio, levantam muitas dúvidas em razão do momento em que ocorreram: apenas um dia após ter sido alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal.

A operação, batizada de Sem Desconto, apura um gigantesco esquema de fraudes que teria provocado um prejuízo superior a R$ 6 bilhões a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os números tornam o caso um dos maiores rombos já identificados pelo órgão.

Circunstâncias da morte ainda são incertas

De acordo com as primeiras informações da Polícia Militar mineira, o corpo de Íris foi localizado dentro de sua casa em Águas Formosas, uma região tranquila e de pouco movimento, tornando o episódio ainda mais inesperado. O cenário encontrado levou os investigadores a tratarem o caso, em um primeiro momento, como possível suicídio. No entanto, até que o laudo oficial seja concluído e todos os detalhes sejam verificados, nenhuma hipótese está totalmente descartada.

O corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Teófilo Otoni, cidade mais próxima com estrutura adequada para perícia. Até o momento, o laudo da necropsia ainda não foi divulgado, o que yhmantém em aberto questões cruciais sobre a causa da morte. Fontes policiais adiantaram que nenhuma carta de despedida foi encontrada, o que adiciona mais incertezas ao caso.

Da vida simples à ascensão repentina

Íris Ferreira Rodrigues era proprietária da Ferreira Rodrigues Credi Agro Consultoria Ltda, registrada em Teófilo Otoni no final do ano passado. A empresa tinha capital social declarado de R$ 200 mil, valor elevado considerando que, poucos anos antes, Íris trabalhava como recepcionista.

A investigação federal vinha apurando essa ascensão repentina. Além do aumento patrimonial, vizinhos e conhecidos relataram sinais de ostentação na rotina da jovem. Segundo fontes próximas à investigação, Íris teria passado um período morando em uma mansão no Jardim Botânico, área nobre de Brasília, antes de retornar ao interior de Minas Gerais.

Outro ponto que chamou a atenção das autoridades é que o endereço de e-mail registrado como contato oficial da empresa de Íris está vinculado à Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores), organização diretamente relacionada a um dos principais alvos da operação.

Ligação com o presidente da Conafer

A jovem também tinha ligação pessoal e profissional com Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer. A Polícia Federal já havia solicitado sua prisão, mas ele segue foragido e não foi encontrado durante as diligências da Operação Sem Desconto. A própria Conafer declarou que “Lopes deve se apresentar à polícia”, mas até o fechamento desta matéria isso ainda não havia acontecido.

Além de ter sido funcionária da Conafer, Íris mantinha um relacionamento amoroso com Carlos Lopes, o que, segundo investigadores, pode ter influenciado diretamente sua rápida evolução financeira. Essa proximidade vinha sendo detalhadamente analisada pela Polícia Federal.

Identidade indígena e vida pessoal

Nas redes sociais, Íris compartilhava registros de sua rotina em uma fazenda mineira e mostrava grande orgulho de sua identidade indígena Maxakali, etnia tradicional da região de Machacalis, onde seus avós ainda residem. As postagens revelam uma jovem dividida entre a vida simples do interior e um cotidiano mais luxuoso que adotou recentemente.

Apesar da exposição nas redes, a família da jovem não foi localizada para comentar o caso. Moradores próximos, no entanto, afirmam que ela havia retornado para Águas Formosas buscando “mais tranquilidade”, embora já estivesse sendo monitorada pela PF.

Caso reacende debate sobre pressões e ameaças

A morte de Íris Rodrigues ocorre em um momento sensível da investigação, e a proximidade temporal entre a operação e o óbito levanta questionamentos — tanto sobre possíveis pressões psicológicas quanto sobre riscos externos relacionados ao esquema de fraudes. Delegados ouvidos reservadamente admitem que o caso pode tomar novos rumos dependendo do resultado da necropsia.

Enquanto o país aguarda respostas, o que se sabe é que mais um capítulo dramático surge no escândalo da “Farra do INSS”, ampliando o mistério e a tensão em torno de uma investigação que promete ainda muitas revelações.

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