URGENTE: Flávio Dino 'surta' e vai ao ataque contra André Mendonça

URGENTE: Clima explode no STF após ataque de Flávio Dino a André Mendonça

O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser palco de tensão nesta terça-feira (19), após um dos embates mais duros já protagonizados entre dois ministros da atual composição. Flávio Dino, um dos nomes mais alinhados ao governo Lula dentro da Corte, reagiu de maneira explosiva às declarações contundentes feitas por André Mendonça, que, em sessão recente, apontou um suposto avanço de um “ativismo judicial” em determinados inquéritos que, segundo ele, estariam sendo “constantemente prorrogados” sem justificativa clara.

As falas de Mendonça repercutiram amplamente no meio jurídico e político, pois o ministro é conhecido por sua postura mais moderada — mas desta vez decidiu romper o silêncio. Em tom firme, ele afirmou que o Brasil vive um quadro crítico de insegurança jurídica e de enfraquecimento institucional, resultado direto de decisões tomadas de forma “elástica” por alguns integrantes da Corte. Embora não tenha citado nomes, sua referência aos inquéritos sob relatoria de Alexandre de Moraes foi lida como evidente.

A fala provocou um terremoto interno. E quem assumiu a linha de frente da resposta foi Flávio Dino, que partiu para o ataque de maneira agressiva, classificando as críticas como uma “espuma sem fundamento” e uma tentativa de “etiquetar para descredenciar o tribunal”.

Dino rebate com ironia e acusa Mendonça de discurso raso

Visivelmente irritado, Dino fez questão de ironizar a expressão “ativismo judicial”, chamando-a de “um lugar comum de baixíssima qualidade doutrinária”. Segundo ele, alguns críticos reproduzem esse discurso como uma espécie de bengala retórica quando não possuem argumentos sólidos.

“Dizem alguns que esses supostos inquéritos que nunca acabam seriam prova de uma anomalia no Brasil, que seriam um tal de ativismo judicial. Isso se tornou um lugar comum de baixíssima qualidade doutrinária e técnica”, disparou. “Quando não tenho o que dizer, digo que é culpa do ativismo judicial. Isso tem tanta consistência quanto a espuma das ondas que quebram na praia.”

A fala, dura e direta, foi recebida como um claro recado a Mendonça. Nos bastidores, ministros avaliam que Dino buscou desautorizar publicamente o colega — e, ao mesmo tempo, defender Alexandre de Moraes, que ouviu as críticas de Mendonça como ataques indiretos à sua atuação.

Apoio explícito de Moraes aumenta a tensão

Durante o discurso de Dino, Moraes não apenas concordou, mas demonstrou apoio explícito às palavras do colega. O gesto foi interpretado como uma tentativa de isolar Mendonça dentro da Corte, criando um ambiente de pressão para que ele recue das declarações anteriores.

Dino reforçou que o STF julga “no estrito cumprimento do dever inscrito nas leis” e que as decisões da Corte são sempre respostas a fatos que chegam por provocação formal. Para ele, a acusação de ativismo não passa de uma “etiqueta vazia”, usada apenas para conseguir “aplausos fáceis em certas plateias”.

Mendonça não recua e clima interno se deteriora

Apesar da reação intensa, André Mendonça não sinalizou qualquer recuo. Aliados dentro do tribunal dizem que ele considera o momento “inegociável” e que pretende manter firmes as críticas ao que avalia como excessos cometidos pela própria Corte. Para Mendonça, apontar tais distorções é uma forma de defender a credibilidade do STF — e não de atacá-lo.

O clima, segundo relatos internos, é pior do que parece externamente. Ministros evitam se falar, grupos se formaram de maneira ainda mais nítida e a pacificação parece distante. Há quem diga que o tribunal não vivia tamanha fissura desde a crise envolvendo os inquéritos das fake news, ainda no início da gestão de Moraes.

Bastidores apontam possível reação institucional

Interlocutores do STF acreditam que o embate pode escalar, especialmente se Mendonça decidir aprofundar suas críticas em votos futuros. Já Dino, recém-chegado à Corte, busca consolidar espaço e influência, e vê nas defesas públicas a Moraes uma forma de se posicionar como um dos pilares do grupo majoritário.

O episódio também abre margem para especulação política. Integrantes do Congresso, especialmente da oposição, já capitalizam as falas de Mendonça como uma confirmação de que o STF tem extrapolado suas atribuições. Parlamentares governistas, por outro lado, interpretam a fala de Dino como uma defesa firme das instituições.

Conclusão: o STF vive um momento de ruptura

O que deveria ser apenas mais uma divergência jurídica se transformou em um confronto político e institucional de grande dimensão. De um lado, a cobrança por limites e autocontenção; do outro, a defesa de que a Corte age com base na Constituição e no dever de proteger a democracia.

Independente do desfecho, uma coisa é certa: o episódio revelou uma crise interna profunda no Supremo. E, pela primeira vez em muito tempo, ministros estão levando suas divergências ao público de forma aberta e direta.

O Brasil assiste, novamente, ao STF dividido, com suas tensões expostas — e com impactos que certamente reverberarão na política nacional.

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