No comando da Guiné Equatorial há 43 anos, Teodoro Obiang é reeleito com 95% dos votos


Aos 80 anos de idade, Teodoro Obiang está longe de querer se aposentar ou passar o cargo, livremente, para outro candidato. O presidente linha-dura da Guiné Equatorial venceu mais uma disputa e, segundo a contagem oficial dos votos, venceu os opositores com - nada menos - que 95% dos votos válidos.

O pleito ocorreu no domingo (20), mas apenas seis dias depois o cálculo foi finalizado; dando a Obiang um resultado mais do que extraordinário. 

Obiang já é o presidente a ocupar o cargo por mais tempo no mundo.

A população de Guiné Equatorial também votou para a Câmara dos Deputados, o Senado e para vereadores. Na contagem, o Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE) ao qual Obiang pertence conseguiu todas as 100 vagas para a Câmara, 55 do Senado (ao todo, estavam disponíveis 70) e um número impressionante de vereadores aliados de Teodoro, 588.

Obiang disputou o cargo com Andrés Esono, do Convergência para a Democracia Social (CPDS), único partido de oposição no país. Segundo o CPDS, houve um forte esquema de fraude no pleito. A sigla não reconheceu a vitória do ditador.

- A jornada eleitoral está transcorrendo em meio a irregularidades escandalosas e generalizadas. Se o senhor (Obiang) se proclama vencedor como consequência dessas eleições escandalosamente fraudulentas, o CPDS não reconhecerá sua vitória e irá considerá-lo um presidente ilegítimo - disse, em comunicado, o CPDS.

A família de Teodoro Obiang está no poder desde 1968 e a Guiné Equatorial é considerada um dos países mais corruptos do mundo.

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