A confirmação de que o senador Flávio Bolsonaro será o nome escolhido pela direita para disputar a Presidência da República em 2026 repercutiu imediatamente na Câmara dos Deputados e acendeu um clima de entusiasmo entre os parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão, tratada internamente como estratégica e inevitável, foi recebida com euforia por integrantes da bancada conservadora, que veem no filho mais velho do ex-chefe do Executivo a figura capaz de manter viva a chama política acesa em 2018.
O anúncio chega em um momento de reorganização das forças à direita e em meio aos embates constantes entre oposição e governo no Congresso. Para muitos deputados, Flávio representa não apenas a continuidade de um projeto político, mas também a resistência a tudo o que classificam como retrocessos promovidos pelo atual governo petista.
Um dos primeiros a comentar a novidade foi o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), que afirmou receber a decisão “com muita alegria”, destacando sua relação pessoal com o senador e a confiança no peso eleitoral de Jair Bolsonaro.
“Como soldado do presidente Bolsonaro, recebo com muita alegria a notícia de que Flávio Bolsonaro será o candidato da direita para as eleições de 2026. Tenho amizade com Flávio desde 2015 — é um excelente nome. Acredito muito no peso político do presidente, e qualquer candidato indicado por Jair Bolsonaro já nasce no segundo turno. A direita unida vai derrotar o PT e o Lula”, afirmou.
Na mesma direção, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) fez questão de lembrar o histórico de enfrentamento de Flávio Bolsonaro e sua participação direta em diversos episódios de tensão política ao longo dos últimos anos. Para ele, o senador se manteve firme mesmo sob ataques intensos.
“Flávio nunca se escondeu. Foi para a linha de frente, encarou perseguições, ataques e toda sorte de distorções — tudo por carregar um sobrenome que aterroriza os donos do sistema. Ele sabe o que é luta, sabe o que é sacrifício e tem no sangue a mesma coragem que tirou o Brasil das mãos da velha política”, declarou.
Já o deputado Sanderson (PL-RS) destacou que a escolha representa “a continuidade de um projeto que milhões apoiam”, ressaltando que o legado de Jair Bolsonaro segue vivo e com forte apelo popular.
“A escolha de Flávio Bolsonaro simboliza a resistência e a esperança de um país que não aceita retrocessos. O Brasil já conhece o legado do presidente Bolsonaro, e Flávio tem a firmeza necessária para manter vivo esse projeto de liberdade, segurança e prosperidade”, disse.
O entusiasmo também ganhou força nas palavras do deputado Coronel Tadeu (PL-SP), um dos nomes mais atuantes da chamada bancada da segurança pública. Para ele, a direita entra na disputa de 2026 mais organizada e madura do que em pleitos anteriores:
“A decisão vem em boa hora. A direita está madura, unida e com um nome forte para enfrentar o PT. Flávio tem experiência, liderança e a confiança dos patriotas. O Brasil pediu um líder que mantenha viva a chama de 2018, e esse líder está posto.”
Encerrando a série de manifestações públicas de apoio, o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) reforçou que a escolha de Flávio Bolsonaro atende a um sentimento nacional que, segundo ele, transcende estruturas partidárias e acordos políticos. Em sua avaliação, a candidatura nasce das ruas.
“Flávio Bolsonaro representa milhões que querem um país seguro, livre e próspero. Seu nome surge da vontade do povo, não de acordos de gabinete. Ele carrega a força política do presidente Bolsonaro e a missão de recolocar o Brasil no rumo certo”, pontuou.
A confirmação da candidatura movimenta os bastidores da direita, que agora se prepara para montar uma estratégia robusta para enfrentar o PT — que, segundo fontes petistas, deve apostar na manutenção da liderança de Lula no processo, ainda que o nome para 2026 não esteja completamente definido.
Representantes conservadores acreditam que a entrada de Flávio Bolsonaro na corrida presidencial pode acelerar a reorganização interna da direita, ampliar alianças e fortalecer o discurso contra o atual governo. Além disso, a escolha é vista como um movimento natural dentro do bolsonarismo, que encontra no senador uma figura com experiência legislativa, capacidade de articulação e forte apelo entre os eleitores mais fiéis ao ex-presidente.
Com o anúncio oficial, os próximos meses devem ser marcados por articulações, construção de palanques estaduais e definição de alianças. Para a base bolsonarista, porém, o essencial já está posto: um nome forte, com respaldo popular e alinhado ao projeto político que marcou os últimos anos.
E, para os deputados conservadores, a missão agora é clara — unir forças, manter o eleitorado mobilizado e construir uma trajetória sólida rumo a 2026, numa disputa que promete ser uma das mais intensas e polarizadas da história recente do país.
